Hoje falo-vos um pouco mais de uma ideia que há muito tempo me acompanha mas que só agora, que estou perto dos (sabe-se lá quantos) maços de papel que acumulei ao longo destes anos e também de quem me ajuda a trabalhar o papel, pude finalmente dar vida.
É uma nova coleção que surge com o intuito de demonstrar como alguns dos papéis, que em tempos foram apenas sobras ou desperdícios, podem ser uma matéria-prima com um potencial único.
Estreio os posts de 2021, nesta casa que anda mais parada, com um resumo bem especial: o do meu processo criativo.
Devo confessar-vos que este exercício de descrever o que me move no beija-flor, é bem mais complexo do que imaginei. O meu processo criativo é um processo muito intuitivo, pessoal e nem sempre igual, o que dificulta a sua explicação, mas dei o meu melhor! :)
[o post é longo mas garanto-vos que vale a pena lerem/verem até ao fim!]
Posso confessar-vos que demorei muitos meses a preparar esta edição do calendário beija-flor 2019. Talvez por saber que estava na altura de fazer algumas mudanças e que estas teriam de ser muito bem pensadas, para não correr o risco do produto “perder” com as alterações, antes pelo contrário, garantir que estas o iriam valorizar.
A primeira alteração, e talvez a mais marcante, foi decidir que esta edição teria um tema. Depois de colocar em cima da mesa várias ideias, acabei por escolher os ditados portugueses, relativos aos meses do ano, como mote para o calendário beija-flor 2019.
Quem vai seguindo o nosso trabalho sabe que o calendário beija-flor não é um produto novo no nosso portfolio, ou de certa forma ainda o vai sendo, uma vez que todos os anos faço questão que se recrie, que se reinvente.
É uma das peças mais especiais que fazemos e por isso senti que era importante falar-vos um pouco mais sobre o que nos levou a fazê-lo e claro, sobre todo o processo criativo que o envolve. É um trabalho muito moroso, que vive dos detalhes, do trabalho cuidado a várias mãos.