Foi há sensivelmente um ano que vos falei da primeira série de cadernos feitos a partir de desperdícios que fui acumulando ao longo destes anos de beija-flor (e já lá vão 14!).
Este ano decidi fazer uma nova edição, também ela muito pequena: serão apenas 50 unidades no formato A5 e - a novidade - 25 no formato A6.
O calendário beija-flor para 2026 é, tal como no ano passado, um calendário de mesa.
É um calendário mas não apenas um calendário.
Desafiei, uma vez mais, o Frederico Marques (criativo que já devem reconhecer de outras coleções beija-flor) a criar 12 expressões, que revisitam ditos da cultura popular, que podemos isolar e usar como 12 postais. O Frederico alinhou e, com o seu humor característico, criou estas expressões com alusões - umas mais óbvias do que outras - aos meses do ano.
Partindo, uma vez mais, dos nossos desperdícios enquanto matéria-prima, criámos esta coleção de cadernos de capa mole, com costura colorida exposta e miolo pintado.
São cadernos simples, com o miolo todo liso que procuram promover o registo de ideias, esboços, rascunhos, anotações informais, no fundo tudo aquilo que uma sebenta pode conter. Foi assim que chegámos ao nome desta coleção - sebenta - um caderno simples, usado para desenhar, escrever e/ou planear, sem receios ou medos.
Se felicidade é ir à caixa de correio e encontrar uma carta de amor, diria que felicidade a dobrar é poder responder a essa mesma carta retribuindo amor.
É este o propósito deste conjunto de envelopes/postais, ilustrados pela Mariana a Miserável, e que reúne muito do que me motiva a criar: incentivar o registo em papel, o envio inesperado de amor (por gestos e palavras) e o perpetuar de memórias.
Rifados é o nome da nova coleção de cadernos beija-flor que assume os desperdícios como matéria-prima, não apenas por uma questão de sustentabilidade mas também pelo seu imenso potencial: pela sua singularidade e pelas infinitas possibilidades que permite enquanto objecto final.
Read MoreHoje falo-vos um pouco mais de uma ideia que há muito tempo me acompanha mas que só agora, que estou perto dos (sabe-se lá quantos) maços de papel que acumulei ao longo destes anos e também de quem me ajuda a trabalhar o papel, pude finalmente dar vida.
É uma nova coleção que surge com o intuito de demonstrar como alguns dos papéis, que em tempos foram apenas sobras ou desperdícios, podem ser uma matéria-prima com um potencial único.